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Como juiz, Sérgio Moro ainda será julgado por seus excessos, a exemplo da parcialidade no caso Lula. Como ministro foi um fiasco, como político um encosto peçonhento para a economia e o emprego. Como pessoa deverá amargar seus dias atormentado sobre o sangue esguichado dos sacrifícios de sua guilhotina facciosa, quando incorporou o incorruptível Robespierre e tocou o terror no terreiro da 13 Vara de Curitiba

Uma nova mostra da inesgotável corrupção pública no Rio traz um alívio ao clã Bolsonaro, mas não reduz seus temores com as investigações no STF sobre a proteção ao mundo obscuro de Queiroz

Contando com a ajuda de militares, policiais e bombeiros em todo o País, além de empresários como Luis Felipe Belmonte, o Aliança pelo Brasil já angariou 20% da quase 500 mil assinaturas necessárias para se organizar a tempo de participar das eleições municipais de 2020

Os mais ricos parecem ter perdido o verniz civilizatório e trocado a defesa de valores políticos, sociais e humanitários pela promessa de que, sob o bolsonarismo, algum dia a economia vai crescer

Contra Bolsonaro está o Judiciário, representado pelo Supremo Tribunal Federal. Está o Legislativo, a partir de diversos partidos - até o mesmo o seu próprio, o PSL. Está a imprensa, a partir dos seus principais veículos. Está a sociedade civil organizada, em grupamentos como o Movimento Brasil Livre (MBL) ou organizações classistas como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Bolsonaro só tem a seu favor um tal difuso "brasileiro patriota"

Só Bolsonaro fala. O porta voz não porta mais voz nenhuma, e nenhum dos remanescentes palacianos tem coragem de discordar do chefe

Quem vai substituir o ministro Gustavo Bebianno num momento decisivo para o Governo Bolsonaro? O Governo Federal tem coordenação ou descoordenação política?

O ministro do Turismo já teria sido informado que está balançando, e que o ideal seria que, por iniciativa própria, pedisse para se afastar do cargo com aquele discurso tradicional de "se dedicar à sua defesa"

Os quase 58 milhões de votos que o elegeram não lhe dão permissão para deixar os problemas nacionais em segundo plano, ainda mais para cuidar de crises menores, criadas por disputas internas de gente do seu entorno