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Em reunião promovida pelo banco Santander, grandes investidores espanhóis avaliam ser grande o risco de pôr dinheiro no país por causa das incertezas políticas. Só as empresas americanas investem mais que eles no Brasil.

Com a queda de Geddel e os problemas de saúde de Padilha, Moreira Franco passou a dar as cartas no Planalto. Está com o dedo no gatilho, mas também virou alvo.

Enquanto o juiz Sergio Moro, de Curitiba, já condenou mais de 100 meliantes do erário, parlamentares que têm o privilégio de serem julgados pelo STF acumulam, imunes, acusações de suspeita de corrupção.

Quem conhece os movimentos que têm nas redes sociais seu principal instrumento de mobilização já percebeu: as ruas estão inquietas.

Acabou o teatro: agora que políticos articulam à luz do dia formas de se protegerem das grandes investigações, o Supremo vai agir com independência?

O PMDB está começando a se sentir meio figurante em seu próprio governo, e todo mundo sabe dos riscos que isso representa.

Ao nomear Moreira Franco, Michel Temer deu, acima de tudo, uma sinalização aos navegantes da política e ao distinto público: já que é inevitável, que venham as delações da Odebrecht, pois o Planalto está disposto a enfrentá-las sem piscar, ou piscando o mínimo possível.

A Operação Cui Bono?, da Polícia Federal, serve como novo alerta para o presidente Michel Temer se antecipar às futuras denúncias e trocar alguns sabujos de seu time.

Temer pode chamar seus dois mosqueteiros e negociar seu afastamento. Ou, se quiser, pode optar pelo método mais dolorido.