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O objetivo dos políticos investigados por corrupção é passar uma borracha nas apurações sobre quem recebeu dinheiro sujo e tornar mais difíceis futuras operações sobre desvio de dinheiro público.

Michel Temer, seus assessores mais chegados e o próprio Rodrigo Maia passaram o fim de semana tentando apagar o incêndio da Operação Métis. Mas vem mais confusão por aí.

Ao desembarcar em Curitiba, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi levado à sede da Polícia Federal. O ex-deputado passou a noite numa cela de 12 metros quadrados, sozinho.

A narrativa de que Sérgio Moro perseguia o PT cai por terra. Mas o partido continua desconfiado. Teme que Lula pode ser um dos próximos alvos.

Só o fato de, lá do outro lado do mundo, em visita oficial ao Japão, o presidente Michel Temer estar tendo que falar de acusações de delações da Lava Jato a seus ministros, já é ruim.

Confira o que Os Divergentes têm a dizer sobre os acontecimentos da semana.

Depois do tsunami que provocaram ao desvendar o maior esquema de corrupção do país - um trabalho incomparável e sem precedentes - os comandantes da força-tarefa, entusiasmando também juízes e procuradores de outros lugares, parecem ter assumido o papel de super-heróis de forma total e permanente.

O medo está no ar, e por isso gregos, troianos e goianos voltaram a conversar sobre projetos como o que pune o abuso de autoridade dos investigadores e a reforma política - que, de repente, ficou urgentíssima.

Com manobras e ameaças, Eduardo Cunha conseguiu adiar a cassação do seu mandato para depois do impeachment de Dilma. A dúvida agora é em relação a Lula. Quem será julgado primeiro por Sérgio Moro e outros juízes?