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Deputados e senadores com encontro marcado com as urnas no ano que vem é que vão dar as cartas da Previdência agora, e por aí já se deduz que ela será completamente desossada. Para Michel Temer, porém, é preciso ter algo para chamar de reforma para sobreviver até lá.

Neste momento, o que se vê são os estrategistas tomando posições, armando-se para a batalha. E são justamente as ruas que poderão desequilibrar a disputa para um lado ou outro.

Sem perspectivas de boas notícias na política, Michel Temer só pode acalentar como sonho a volta do crescimento. E só Henrique Meirelles pode fazê-lo.

O maior temor do governo, a esta altura, é que o número ruim, já esperado, venha a contaminar as esperanças de retomada insistentemente reforçadas nos últimos dias pela equipe econômica.

Depois das festas de fim de ano, após o recesso parlamentar e do Judiciário, passado o período de carnaval e do clima de férias de janeiro e fevereiro, a semana que começa devolve à Capital a movimentação habitual.

A equipe econômica faz o dever de casa e, entre altos e baixos, vai mostrando alguma luz no fim do túnel. O problema é se o tsunami da Lava Jato atropelar a economia.

Em reunião promovida pelo banco Santander, grandes investidores espanhóis avaliam ser grande o risco de pôr dinheiro no país por causa das incertezas políticas. Só as empresas americanas investem mais que eles no Brasil.

Até aqui cauteloso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, previu que o PIB estará crescendo a um ritmo de 2% no último trimestre deste ano.

O acordo entre o ministro Henrique Meirelles e o governador Luiz Fernando Pezão exige aprovação de medidas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.