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Apesar do otimismo governista, ainda falta muito para que o arcabouço fiscal traga os resultados esperados, qual sejam, engordar os cofres do Governo Federal.

Envolvendo-se em causas desgastantes - como o controle da Eletrobras e a revogação do Marco do Saneamento -, o Governo Lula e o PT, por mais que esperneiem, não conseguem derrubar o muro de contenção do Banco Central, que não dá sinais de quando vai reduzir os juros.

O arcabouço fiscal, criado por Haddad e chancelado por Lula, é complexo e polêmico. Por novo, não dá pra saber ainda se seu efeito será o desejado: apaziguar os agentes econômicos, forçar a queda dos juros e, o mais importante, abrir os cofres do Tesouro.

Com um Banco Central independente até 2024, o ministro da Fazenda precisa sinalizar a queda da dívida pública federal se quiser a cooperação da autoridade monetária. Sem isto, os juros permanecerão nas alturas, dificultando a recuperação da economia brasiliana.

No seu primeiro anúncio importante, o Ministério da Fazenda de Lula aponta para o Banco Central de Bolsonaro.

Uma das escolhas mais sensíveis que Lula terá que fazer é a do ministro da Fazenda de seu governo. Haddad desponta como um dos favoritos, mas Nelson Barbosa é mais preparado.

Com exceção de Ciro Gomes, por enquanto os demais pré-candidatos oposicionistas não representam ameaça ao petista Fernando Haddad. Porém, faltando dois anos para as eleições presidenciais de 2022, a disputa dos peso pesados Lula x Bolsonaro não pode ser descartada.