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Bolsonaro saiu na frente. Petistas, tucanos e outros presidenciáveis entraram na onda. A cabeça de Pedro Parente ficou a prêmio.

O PT até engole derrotas para a direita, mas jamais abriu mão de dar as cartas no campo das esquerdas. Na ótica da burocracia petista, o que está em jogo é sua sobrevivência como aparelho partidário.

Enquanto a esquerda não tomar o Bolsa Família, um programa de cunho liberal, como exemplo para a reorganização do Estado, sua defesa dos mais pobres será mera demagogia.

O cenário eleitoral é diferente em 2018. Hoje, as enquetes mostram que a direita está fortalecida, mas o escolhido para representá-la parece ser Bolsonaro.

Não há pobres na Lava-Jato. A síntese, do jornalista José Casado, deveria provocar êxtase na esquerda. Afinal, apenas a elite rica e branca foi atingida pela operação que caça meliantes do erário.

A pessoa mais influente nas eleições de 2018 será Lula. O debate mais importante, a reforma da previdência. Em suma, os eleitores escolherão o modelo de Estado que querem ver implantado no Brasil a partir de 2019. Poderão perseverar na pasmaceira dos últimos anos ou optar pelo desenvolvimento social e o crescimento econômico.

No último domingo,(17) os eleitores chilenos que votaram entronizaram novamente o bilionário Sebastián Piñera, que outra vez substitui Michelle Bachelet.

A guerra será travada dentro do campo da direita. A eleição 2018 foge inteiramente aos padrões, a sociedade está radicalizada. Há uma esperança de que Temer não vai para frente e uma reza para que a justiça barre Lula.

Possível vitória de Piñera no Chile sinalizaria "direitização" da América do Sul. Mas será isso mesmo?