Etarismo

Desenvolver a empatia junto com os anos de vida é o envelhecer bem.

O etarismo é o preconceito com as pessoas, por causa da idade.

Ele deve ser combatido a todo custo, mas hoje quero falar sobre a necessidade das pessoas mais velhas prestarem mais atenção em suas falas e entenderem que a idade não permite falar tudo que nos passa pela cabeça.

Estou falando de pessoas velhas, saudáveis e ativas social e profissionalmente.

Exemplificando:

Caso 1 — O ativista anticapacitista Ivan Baron, pessoa com deficiência, foi chamado de ‘doentinho’ por suas colegas idosas da hidroginástica. Sim; ele ficou incomodado.

Caso 2 — Meu colega de Pilates sempre fala mal de mulheres, gays e faz piadinhas sexistas. Hoje, ao iniciar sua fala preconceituosa, foi advertido educadamente pela professora. Uma moça de 20 e poucos anos sabiamente mostrando para um senhor de 80 que suas palavras não são corretas.

Caso 3 — Estávamos esperando o sinal verde para atravessarmos a rua. Eu, uma senhora e uma adolescente de cabelos longos muito cacheados.

A senhora disse: “Deve ter piolho neste cabelo despenteado…”.

Eu disse: “Se ela responder a senhora vai dizer que jovens não respeitam pessoas velhas”.

A adolescente não disse nada.

Caso 04 – No sacolão a senhora diz para a moça do caixa: “Deixei de comprar bicarbonato na drogaria porque o atendente é homossexual. Pago mais caro, mas não compro com pecador”.

Claro que nem todas as pessoas velhas são incorretas, mas saber envelhecer é necessário.

Desenvolver a empatia junto com os anos de vida é o envelhecer bem.

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