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O beabá da negociação política ensina que sempre se deve entrar no debate pedindo mais para, ao longo das discussões, concordar em levar menos. Cabe ao Congresso, e não ao presidente, atenuar versões da reforma da Previdência

A nomeação de Santos Cruz reforça o time dos militares no voleizinho da hora do almoço no Planalto: agora, serão três a cercar o presidente da República (Santos Cruz, o general Heleno e o vice Hamilton Mourão) na rotina palaciana, contra dois civis (Onyx Lorenzoni, na Casa Civil, e Gustavo Bebianno, na Secretaria Geral)

Como já definiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, as legendas tornaram-se corporações, especialmente depois do fim do financiamento eleitoral com dinheiro privado

Tudo indica que Bolsonaro conseguirá avançar na Previdência, que o Congresso dificilmente negará a um presidente recém-eleito. A governabilidade do resto desses quatro anos, porém, não está garantida e vai depender de uma negociação muito mais profunda com o status quo parlamentar - mais cruamente, do toma-lá-dá-cá

A Arko Advice estimou o tamanho da base aliada a partir de 2019. O cenário para Haddad é bem mais animador

O que isso quer dizer? Antes de tudo, que haverá uma briga de foice pela presidência da Câmara, que não irá automaticamente para ninguém, embora, em tese, costume ficar com a maior bancada

Meirelles quer ser candidato e o PMDB quer o dinheiro de Meirelles. Um casamento de conveniência simples assim. E depois? Depois nada. Uma separação civilizada, em que os dois ex-cônjuges saem felizes e satisfeitos, cada qual rumo a uma nova vida

Tanto no STF quanto entre as principais lideranças do Congresso, as apostas - e a torcidas - são de que Dodge terá muita calma nessa hora.

Maia e Eunício atropelaram a equipe econômica com a solução de zerar a Cide para o diesel, que não agrada a Fazenda. Mas, a quatro meses e meio das urnas, tentam dar uma resposta rápida ao movimento dos caminhoneiros