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Toda essa articulação vem correndo junto com as conversas do deputado Rodrigo Maia e de outros candidatos ao comando das duas Casas do Congresso. O acordo político que for forjado em torno da eleição, com o apoio do Planalto, vai incluir a anistia, ou qualquer outro nome que se dê, ao pessoal do caixa 2 da Lava Jato.

Russomano alega que candidatos não têm controle sobre suas contas de campanha e não devem se responsabilizar por elas.

Onyx colocou um bode na sala para cheirar mal e distrair as atenções enquanto mantinha no texto aquilo que era essencial ao mundo político enrolado na Lava Jato: a criminalização do caixa 2 que permite a anistia para todo mundo que praticou o crime antes da vigência da lei.

Os políticos que tramam em benefício próprio para escapar de punição, pelo recebimento de dinheiro sujo de caixa 2, se dividem entre anistia indireta ou explícita.

Lorenzoni e seus colegas querem diferenciar o caixa 2 abastecido com recursos lícitos daquele que recebeu recursos ilícitos, que seria punido com pena maior. É como se fossem criar mais uma categoria de caixa, o 3.

Tal e qual aquele espírito que, lá do além, resolve voltar e baixar em outro "cavalo" a anistia ao caixa 2 vai encarnar agora no insuspeito pacote com as dez medidas anticorrupção sugeridas pelo Ministério Público.

Vicente Cândido foi o representante do PT na conspiração, abençoada por Rodrigo Maia, para aprovar na surdina a anistia ao Caixa 2. Por indicação de Maia, Cândido será o relator de uma mini reforma política a ser aprovada a toque de caixa. Quem quer escapar da Lava Jato aposta nesse caminho.

O medo está no ar, e por isso gregos, troianos e goianos voltaram a conversar sobre projetos como o que pune o abuso de autoridade dos investigadores e a reforma política - que, de repente, ficou urgentíssima.

Manobra para livrar de punição políticos que receberam dinheiro sujo adia e esvazia sessão do Congresso para estudantes cursarem o segundo semestre.