OS DIVERGENTES

Até na campanha eleitoral de Bolsonaro, afora a solidariedade ideológica do clã presidencial, o bizarro e violento espetáculo da deputada pegou muito mal

Na iminência de ser abatido pelas urnas, Bolsonaro mentiu para transformar a eleição em um “saloon” de bandoleiros golpistas, mas foi abatido e abandonado.

As dores do parto do novo presidente da República estão desvalorizando o real diante do dólar. Ao mesmo tempo, nossas reservas internacionais estão em queda. Dois movimentos que devem merecer atenção do novo mandatário.

Fiquei com raiva de ter raiva. O efeito mais nefasto do bolsonarismo nesse país foi fazer um contingente enorme de brasileiros, seja de que lado estão, terem ódio de outros brasileiros.

Bolsonaro cria mais uma narrativa para gerar desconfiança e instabilidade na véspera da votação.

Caso seja eleito para presidir o Brasil a partir de 2023, Lula vai encarar seu primeiro dilema: adotar a receita dos pais do Real ou a dos economistas do PT, que predominou nos mandatos do petista.

Se a possibilidade de golpe com o apoio de militares e instituições da sociedade parece descartada, a hipótese de que, na derrota, Bolsonaro insista em questionar o resultado das urnas e criar tumulto é bastante provável.

Deu ruim. O país repudiou, os aliados lavaram a mão e o golpe gorou.