Vai ser difícil ao Planalto ou a quem quer que seja derrubar as acusações que acabam de vir à tona, pois não se trata mais de uma delação premiada, mas de uma sofisticada investigação do Ministério Público e da Polícia Federal, combinada com o empresário Joesley Batista. Seu conteúdo, divulgado em detalhes pelo principal noticiário da principal emissora de TV do país e espalhado por toda a mídia a partir do Jornal O Globo, já derrubou moralmente o governo Temer.
Mas, como se diz muito na política, mais difícil do que matar o monstro é remover os escombros. Dificilmente haverá renúncia ou gestos desse tipo. Seguramente, Michel Temer irá desmentir que quis dizer o que disse sobre Eduardo Cunha na conversa gravada por Joesley. Provavelmente deixará na conta do deputado Rocha Loures a operação envolvendo o pagamento de R$ 500 mil semanais em troca de favores no Cade.
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E o que se verá nos próximos dias é o país perplexo e parado, e o governo sem condições de Governabilidade. As reformas, muito provavelmente, vão para o espaço. E o país só sairá inteiro de mais esse trauma se as soluções forem rápidas e absolutamente dentro dos parâmetros da institucionalidade. Temer fica? Temer sai? A solução TSE, em mais um cavalo-de-pau, pode resolver? Dá para esperar até 2018?
Nunca foi tão necessário que os sobreviventes políticos de todos os lados e times se sentem à mesa para pactuar uma solução.
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