Os advogados de Michel Temer e Dilma Rousseff estavam preparados para enfrentar uma tentativa de rolo compressor por parte do ministro Herman Benjamin no Tribunal Superior Eleitoral. Dispunham de um arsenal para mostrar que as defesas de ambos estavam sendo prejudicadas.
A defesa de Temer costuma ser mais contida. A de Dilma, não. Parte para cima. Cobrou com sucesso mais tempo para uma resposta ao relatório de Benjamin.
Insistiu também no depoimento do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, apontado como arrecadador na campanha de 2014. Esperava uma batalha com o Ministério Público.
Leia também:
O problema não é o TSE. É depois. (Helena Chagas)
Políticos acham que Gilmar Mendes foi picado pela mosca azul (Andrei Meireles)
Quebrou a cara. O procurador Nicolau Dino concordou com o depoimento de Mantega, e tirou uma carta da manga, para surpresa dos advogados de Dilma e Temer: a convocação também dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que acabam de acertar uma delação premiada.
Horas depois, o ministro Edson Fachin homologou as delações.
Quem entende do riscado diz que a combinação do que Marcelo Odebrecht entregou com a confirmação pelo casal de marqueteiros do que recebeu é nitroglicerina pura.
A conferir.