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Deputados e senadores com encontro marcado com as urnas no ano que vem é que vão dar as cartas da Previdência agora, e por aí já se deduz que ela será completamente desossada. Para Michel Temer, porém, é preciso ter algo para chamar de reforma para sobreviver até lá.

Depois das festas de fim de ano, após o recesso parlamentar e do Judiciário, passado o período de carnaval e do clima de férias de janeiro e fevereiro, a semana que começa devolve à Capital a movimentação habitual.

Em reunião promovida pelo banco Santander, grandes investidores espanhóis avaliam ser grande o risco de pôr dinheiro no país por causa das incertezas políticas. Só as empresas americanas investem mais que eles no Brasil.

Com a queda de Geddel e os problemas de saúde de Padilha, Moreira Franco passou a dar as cartas no Planalto. Está com o dedo no gatilho, mas também virou alvo.

Juntos, os candidatos de oposição na Câmara podem, por exemplo, levar a eleição a um segundo turno - tudo o que Rodrigo Maia e o governo não querem. Nesse caso, o atual presidente da Casa continua favorito, mas terá que ceder e aceitar compromissos indesejáveis, sobretudo para o Planalto.

Toda essa articulação vem correndo junto com as conversas do deputado Rodrigo Maia e de outros candidatos ao comando das duas Casas do Congresso. O acordo político que for forjado em torno da eleição, com o apoio do Planalto, vai incluir a anistia, ou qualquer outro nome que se dê, ao pessoal do caixa 2 da Lava Jato.

Planalto diz que cenário do FMI foi feito com informações da economia de novembro e ignorou a redução da inflação e a queda dos juros agora em janeiro.

Eliseu Padilha vai ficar no cargo. Michel Temer diz que não vai tirar o ministro-chefe da Casa Civil em função de denúncias.

Queda do IPCA indica uma nova redução de juros para o início de 2017, mas outros fatores inibem o crescimento da economia.