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Depois do acordão para salvar Renan, era hora de baixar a bola. Planalto vaza escolha de tucano para vaga de Geddel e contraria aliados.

Decisão de peitar a liminar de Marco Aurélio gerou impasse e bombeiros dos Três Poderes costuraram uma saída para manter Renan no cargo

Do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer acompanha junto com o chefe da Casa Civil Eliseu Padilha o desdobramento da crise institucional entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Senado Federal.

Desta vez, o Planalto escapou e o Congresso virou bola da vez, na figura do presidente do Senado, Renan Calheiros. Mas o governo Michel Temer continua na zona de risco e sabe disso.

Como seu anúncio de que não iria ao velório na Arena do Condá pegou mal, Michel Temer recuou, nega o recuo, e explica sua conduta um drible na segurança presidencial

Depois de pisar na bola no caso do espigão de Geddel, fazer jogo dúbio em relação aos monstrengos criados no Congresso, aceitar a fritura de Meirelles, Temer mostra medo até na homenagem aos mortos na tragédia de Chapecó.

Pode parecer incrível, inimaginável até, mas o movimento desencadeado pelos palacianos para evitar a debandada do PSDB do governo está jogando na frigideira aquele que, até pouco tempo atrás, era considerado a âncora do governo Temer: o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Um dos mosqueteiros de Michel Temer, Moreira Franco fala que "todos sabemos como o presidente Temer recebeu o país". É uma fábula.

"Não há vara de condão para a economia", disse o presidente. Com medo do prejuízo, os investidores começaram a venda de suas posições em ações e a bolsa de valores caiu 3,88%.