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Além de nomear o homem de confiança de Eduardo Cunha para o ministério mais apetitoso da Esplanada, a articulação que está na mesa de Temer prevê ainda a transferência do atual titular das Cidades, o tucano Bruno Araújo, para a pasta do Turismo

Michel Temer obteve seis votos além dos 257 necessários para maioria absoluta na Câmara, o que lhe assegura condições de sobrevivência no dia-a-dia legislativo, mas está longe do quórum necessário para aprovação de reformas como a da Previdência.

Tanto no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto no caso do presidente Michel Temer, os cenários apontam para tempos relativamente longos de sangramento até um desfecho. Tempos que os dois, cada um usando as suas armas, tratarão ainda de prolongar.

Ainda que sobreviva com sua nova base, esta será insuficiente para aprovar reformas e pouco confiável aos setores ligados ao PIB e ao mercado que têm sido sustentáculos do governo.

Mesmo com os votos necessários para barrar o processo, se não tiver maioria em plenário, Temer pode ter dificuldade para liquidar logo a fatura. Mas, se enquadrar a base parlamentar, tratora as oposições.

Para variar, o PSDB está em crise. Em nome da ética, planeja sair do governo Temer. O problema é como falar da sujeira alheia sem limpar o próprio quintal.

Sob o risco de se desmoralizar e perder o apoio do principal fiador de seu governo, o PSDB, Temer terá que recuar do recuo mais uma vez e nomear o tucano. Vai sair muito, muito caro para pagar a fatura do Centrão e do PMDB.

Depois do acordão para salvar Renan, era hora de baixar a bola. Planalto vaza escolha de tucano para vaga de Geddel e contraria aliados.

O tiro de Calero parece mortal para Geddel. O problema de Temer é escolher um articulador que não rache sua dividida base parlamentar.