A tatuagem feita pelo deputado Wladimir Costa (Solidariedade/PA) emerge como o símbolo mais perfeito a resumir a votação na Câmara dos Deputados da licença para que o Supremo Tribunal Federal (STF) processe o presidente Michel Temer por corrupção passiva em consequência das denúncias feitas pelo irmão Friboi Joesley Batista.
No fim de semana, o deputado ostentou em seu braço marombado uma tatuagem na qual aparecia a bandeira brasileira e o nome de Michel Temer. Símbolo maior de fidelidade ao comandante não poderia haver além daquele ombro bronzeado emoldurado pela camisa regata amarela. Não fosse por um detalhe: a tatuagem é de hena, ou seja, sai com o tempo.
Ficamos, então, assim, nesses tempos de Congresso rodando na Bandeira 2. Por ora, estão os deputados satisfeitos com as tratativas que tiveram com o governo. Tiveram seus pedidos acertados. Almoçaram com o presidente. Acertaram suas pendengas. E provavelmente darão ao presidente o aval para permanecer na Presidência sem o desgaste do processo no Supremo. Estão felizes a ponto de ostentar isso nos seus ombros.
Mas, com o tempo, a tatuagem pode desvanecer. Para permanecer mais tempo, vai precisar de uma nova mão de tinta. De mais carinho, de mais empenho. Tão cedo o Congresso não sai da Bandeira 2…