O Supremo Tribunal Federal abriu licitação para a contratação de uma nova empresa de segurança. Serão ao todo 149 profissionais que vão se revezar na segurança da sede do STF em Brasília. Mas, apesar do número de vigilantes, não há no edital previsão específica de guarda-costas para os 11 ministros.
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A licitação fala em vistorias em correspondências, volumes e objetos suspeitos entregues por transportadoras aos ministros e estudos sobre os trajetos utilizados pelos magistrados em Brasília. Mas a tabela que mostra os postos de vigilância que serão contratados não tem indicação de seguranças pessoais de ministros e juízes auxiliares, apesar do custo estimado em R$ 12.896.501,72 durante os 30 meses de vigência de contrato.
A responsável pela segurança do Supremo e dos ministros é a delegada federal Regina Alencar Machado da Silva, secretária de segurança do STF indicada pela presidente da corte, ministra Cármen Lúcia. Regina foi muito questionada pela imprensa por não ter tido conhecimento do paradeiro do ministro Teori no dia da queda do avião em Paraty-RJ.
Com a iminência de novos inquéritos em razão da delação da Odebrecht e com as atenções da Lava Jato voltadas ao Supremo, a discussão sobre segurança é necessária. Na primeira instância, por exemplo, o juiz federal Sérgio Moro passou a contar com escolta de agentes federais 24 horas por dia após ameaças. Outro caso é do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que também teve a segurança reforçada nos últimos meses.
Apesar de tradicionalmente não se comentar sobre esquemas de segurança, a reportagem procurou a assessoria do STF para saber se o tribunal fará parceria com alguma instituição, como a Polícia Federal, para atuar na segurança dos magistrados. Mas, até o fechamento do texto, não obtivemos resposta.