O embaixador Helio Vitor Ramos Filho é hoje o nome mais forte para ocupar a secretaria geral do Itamaraty, o segundo posto das Relações Exteriores e principal auxiliar do chanceler, que será o diplomata Ernesto Araújo. Seu nome cresceu por duas razões: 1. É mais antigo e mais experiente do que Araújo, cuja nomeação provocou polêmica; 2. É ligado ao DEM e ao deputado Rodrigo Maia, o que ajuda no campo político.
Helio Vitor, que já foi ministro interino das Minas e Energia, um posto que cabia ao antigo PFL no governo Fernando Henrique Cardoso, é mais velho (59 anos), mais relacionado entre seus pares e tem experiência administrativa. Tem também a necessária (pelo menos nos tempos bolsonarianos) afinidade com os Estados Unidos: foi consul geral em Miami (2001) e serviu na embaixada brasileira em Washington (1995).
Como tudo muda a cada hora no governo de transição, pode ser até que o nome dele vire espuma, abatido por interesses outros. Mas quem tem experiência em Itamaraty acredita que Helio Vitor será solução para amenizar o impacto negativo da nomeação de Araújo dentro e fora da Casa de Rio Branco.