Boas e más notícias de uma eleição inacabada

Um punhado de conclusões já foi listado após o primeiro turno das eleições municipais. Bolsonaro acabou, Boulos é o novo líder das esquerdas, o extremismo feneceu, o centro vai predominar. Num país capaz de eleger um outsider e derribar dois presidentes em 25 anos, cedo demais para inferências definitivas

O mito do eleitor iludido

Com frequência, a vitória do candidato adversário é justificada pela incapacidade ou desinformação do eleitor. Em 2022, bolsonarismo e petismo, extremos amplamente conhecidos dos eleitores, dissiparão esta velha quimera

No palco, Ciro, Bolsonaro & Doria. O show de 2018 já começou

O partido da tríade é o que menos importa. No tablado da corrida ao voto, um show de personalismos.

A salvação de Lula passa pelo companheiro Toffoli

A tragédia brasileira tem infinitos atos. O próximo é como livrar Lula da prisão. A solução pode passar pelo juiz Dias Toffoli, numa proposta por ele engendrada em 2016. Há, ainda, o interesse de lideranças políticas de diversas siglas, interessadas em acabar com a prisão em segunda instância e salvar meliantes do erário.

(Mais) Dois equívocos de Dilma Rousseff

Para um partido que dispunha de Marcelo Déda, Olívio Dutra, Patrus Ananias e Jaques Wagner, edulcorar a companheira foi pecado mortal. Dilma Rousseff fala à Deutsche Welle.

Nossos anônimos heróis contemporâneos

Até saber de sua morte, nunca ouvira falar de Lawrence Tesler, o inventor do CRTL C & do CRTL V. Para quem começou a dedilhar numa Halda sueca - nostálgica, mas pouco funcional -, os comandos singelos mas geniais de Tesler indicam que nossos heróis hodiernos morrem ricos, mas desconhecidos

Bolsonaro um dia passará. Os bolsonaristas ficam

Como o Flautista Mágico, Bolsonaro agrupou e trouxe às ruas criaturas que já existiam. Quando apear do poder, ao contrário do músico, não levará consigo a multidão, que permanecerá radicalizada enquanto o poder estiver nas mãos de um extremo político

Vespertinas: artilharia de Temer aponta para 2019

O jogo da sucessão esquentou. Depois de driblar Joesley Batista, Rodrigo Janot & a Rede Globo, o presidente Michel Temer mira 2019. Se aprovar a reforma das aposentadorias, candidata-se a player do pleito de 2018. Se perder, vira coadjuvante.

A reforma da previdência não dá votos. Então, por que foi aprovada

A inevitabilidade da reforma foi resultado do debate, da pressão, dos lobbies, da vontade presidencial, da mídia, da recessão crônica, tudo a desembocar no Parlamento. A síntese destas vontades difusas e contraditórias materializou-se na Câmara dos Deputados