Helena Chagas

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Jornalista, formada na Universidade de Brasília em 1982. De lá para cá, trabalhou como repórter, colunista, comentarista, coordenadora, chefe de redação ou diretora de sucursal em diversos veículos, como O Globo, Estado de S.Paulo, SBT e TV Brasil (EBC). Foi ministra chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República de janeiro de 2011 a janeiro de 2014.

Governos em apuros adoram reformas

Uma reforma ministerial também não deve demorar, representando talvez um pacto político de sustentação do governo. Sai o núcleo de irmãos camaradas do PMDB e entram os tucanos, dando um verniz de maior respeitabilidade ao Planalto. São remotas as possibilidades de funcionar.

Michel tem 19 dias para renunciar

A razão mais forte para que não vá adiante a proposta de convocar as diretas já, porém, é outra. Na atual conjuntura, as forças que compõem o governo pinguela de Michel Temer teriam chances bem remotas de vencer.

Como em filme de Spielberg, Temer que restar não será o que aí está

A soma de todos os fatores resulta numa débil esperança de manter o governo Michel Temer. Até porque o presidente da República não pode ser processado por atos cometidos fora de seu mandato. Todos os que o cercam, porém, podem. E daí surge a primeira certeza: num efeito digno de Spielberg, o governo Temer que sobrar, se sobrar, não será esse que aí está. De quem será?

Temer e Dilma, mórbida semelhança

Sob o risco de se desmoralizar e perder o apoio do principal fiador de seu governo, o PSDB, Temer terá que recuar do recuo mais uma vez e nomear o tucano. Vai sair muito, muito caro para pagar a fatura do Centrão e do PMDB.

Reforma da Previdência está virando piada

Muita gente entende que é preciso mexer na Previdência, inclusive estabelecendo uma idade mínima. Mas a imagem que se consolida de uma reforma que é necessária e importante vai ficando altamente negativa.

O STF e a tempestade institucional em copo d’água

A decisão salomônica, dizem frequentadores do STF, pode estar numa filigrana jurídica, que é o fato de a decisão que tornou Renan réu na semana passada não ter tido ainda seu acórdão publicado e, portanto, não ser ainda oficial - o que é perfeitamente normal, já que esse procedimento pode levar dias ou até meses no caso de qualquer acórdão. Traduzindo: o STF reafirma hoje a decisão de que réu não pode ser presidente do Senado, mas dá ao atual titular do cargo os poucos dias que ele precisa para concluir o mandato.

Vai-e-vem no texto da Previdência

A polêmica PEC da Previdência já aterrissou no Congresso em meio a uma grande crise, mas as coisas sempre podem piorar. O texto enviado ontem à noite à Câmara teve que ser retirado pelo Planalto está manhã para correção de erros - que até agora não se sabe quais são.

Viana é contra a PEC mas não dá murro em ponta de faca

Viana não vai facilitar as coisas para o Planalto, pode até adiar a votação, mas vai deixar que o assunto siga seu curso natural: se o governo souber mobilizar sua maioria no plenário do Senado, submeter-se-á a ela.

De ressaca, Câmara tenta mudar de assunto

A Câmara dos Deputados viveu hoje um dia de ressaca. Lideranças importantes já admitiam, nos corredores, terem cometido um grande erro ao votar na semana passada, na calada da noite, sua versão deformada do pacote dos dez pontos contra a corrupção.