Eliane Costa Ribeiro

O que um habitante da Terra pensará, em 2060, se encontrar num arquivo de jornais velhos frases como “Eu sou favorável à tortura” e “Eu queria dar uma porrada na sua cara”? E se soubesse que o autor tivera 57,7 milhões de votos?

Cut Piece, uma performance de Yoko Ono nos anos 1960, é lembrada pela cronista para comentar a violência sexual sofrida por uma menina de 10 anos no Espírito Santo. Violência de ontem e de hoje. E de amanhã?

Qualquer um pode calçar um par de sapatos ou vestir um paletó. Mas quantos podem transformar objetos do cotidiano em arte?

Uma comunidade religiosa, uma personagem complexa, uma jovem e promissora atriz. Eis alguns elementos desta resenha redigida para Os Divergentes

Que obra de arte melhor representaria os tempos angustiantes e asfixiantes do coronavírus? Edvard Munch ou Andy Wahrol?

Sob os auspícios dos defensores da cloroquina, Brasília prepara-se para um festa memorável, com farta distribuição do famoso fármaco. Como em outros momentos históricos, o povo há de se reunir para glorificar a cloroquina nossa de cada dia. Sem máscaras e sem distanciamento social, como convém.

Se o País está dividido em opiniões opostas e irreconciliáveis, por que não separá-lo na prática? É a este exercício de imaginação que a autora da crônica se propõe. Qual o seu País?

Não sabe o que ver durante a quarentena? Que tal Entre Facas e Segredos (Knives Out)? A autora faz uma resenha sobre a comédia, no estilo Agatha Christie, que ganhou o Globo de Ouro 2020

A Barata, obra do britânico Ian McEwan, faz uma ironia do Brexit. Na obra, o autor aborda uma fictícia Lei do Reversalismo. Inspirada no autor inglês, a cronista elaborou a Lei do Perversalismo, um projeto governamental baseado no avesso de absolutamente tudo. Lei que, talvez, não seja tão fictícia assim