Em explicação oficial, o presidente Michel Temer diz que tentou arbitrar um conflito entre ministros. Conflito sobre o quê? O embargo de um espigão, em área tombada em Salvador, no qual há interesse pessoal e patrimonial de Geddel Vieira Lima.
Na outra parte do conflito estava Marcelo Calero, então ministro da Cultura, que defendia o embargo do IPHAN, o órgão que tem justamente a missão de preservar o patrimônio cultural do país. Por exemplo, a construção de espigões que desfigurem lugares históricos no país.
Por qualquer ângulo que se interprete, Temer tentou dar uma mãozinha a um negócio particular de Geddel considerado irregular pelos próprios técnicos do governo. Meteu a mão numa cumbuca que pode lhe custar caro.
Endossou o erro de Geddel de misturar o público com o privado.
Geddel já era. A fila anda.