A impunidade, enfim, senta no banco dos réus e agrava a crise política

Senador Calheiros

O Brasil enfrenta um atropelo de paradoxos. Vai muito além do clássico embate entre o que está nascendo com o que está morrendo. Nem a sociologia, a ciência política e a reportagem captam com precisão a mudança em curso.

Usaram e abusaram tanto da política como instrumento para arrecadar dinheiro sujo em projetos de conquista e manutenção de poder, e para enriquecer os políticos, parentes, e cúmplices, que acabaram matando a galinha dos ovos de ouro.

É inacreditável, mas é a realidade. A gestão da corrupção, como método de governar pelo PT e de seus aliados, resultou em um assalto ao estado brasileiro bem maior do que conseguiram os políticos corruptos que sempre assaltaram os cofres públicos.

Deputado Paulo Maluf no plenário da Câmara - Foto Orlando Brito
Deputado Paulo Maluf no plenário da Câmara – Foto Orlando Brito

Um exemplo. Paulo Maluf, por tudo o que já se apurou mundo afora, deveria, no mínimo, estar fora da vida pública. Talvez cumprindo pena. Por tudo o que se sabe, seria o mínimo.

Mas Maluf hoje anda de cabeça erguida na Câmara. Até critica colegas pela gula em mamar dinheiro público. E há quem lhe dê razão.

A tentativa de barrar investigações como a Operação Lava Jato, com raras exceções, une políticos de todas as bandas, governistas e oposicionistas.

Renan Calheiros tem ficado pendurado na brocha por acreditar em apoios costurados nos bastidores, mas não confirmados em público.

A defesa da impunidade, bandeira de todo o sempre entre as elites políticas, continua em alta entre eles. O problema é estar em baixa nas ruas, inclusive entre eleitores que os colocaram lá.

Quem põe começa a tomar consciência que pode tirar.

Deixe seu comentário