A um ano da eleição presidencial de 2018, alguns corredores já estão nas marcas para a partida. Outros ainda experimentam seus pares de tênis, checam a aderência e o amortecimento do solado, calejados pela biomecânica da política nacional. A movimentação dentro dos partidos é intensa para definir quais serão os nomes dessa disputa, mas o calendário eleitoral – em abril termina o prazo para se filiar a um partido, em julho começam as convenções e em agosto é a vez da propaganda eleitoral – e o cenário político instável ainda recomendam cautela.
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O ministro Henrique Meirelles é e não é presidenciável. Veja publicou uma entrevista em que ele admite “pela primeira vez” que é, mas, assim que começaram as repercussões, sua assessoria insinuou que a revista tirou a frase do contexto. “O ministro da Fazenda não afirmou que é presidenciável. Ao ser perguntado se ele tinha consciência de que era um presidenciável, o ministro disse que sim porque muitas pessoas o procuram e dizem que o apoiam ou que consideram que ele poderia concorrer”, diz nota, igualmente dúbia.
Por outro lado quem fez questão de garantir que não é candidato, ainda que não lhe tivesse sido perguntado, foi o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, perdendo o bronzeado longe dos holofotes e curtindo seu tenso ostracismo.
“Este é o meu perfil oficial. Antes que perguntem, já respondo: não sou candidato a nenhum cargo eletivo. Sigo com a agenda anticorrupção”, escreveu no Twitter – por sinal, estreando nesta rede social. Foi enxovalhado por comentários depreciativos. “O sr. não teria meu voto nem pra inspetor de quarteirão”, debochou um dos twitteiros.
Então, pelo menos por enquanto, ficam pré-candidatos o ex-presidente Lula – se não se tornar inelegível até lá -, Jair Bolsonaro, Marina Silva, Geraldo Alckmin – com João Doria de sobressalente e José Serra e Aécio Neves acompanhando tudo de rabo de olho -, e Ciro Gomes. A última pesquisa Ibope “testou” ainda os nomes de Joaquim Barbosa e Luciano Huck. Já o último Datafolha incluiu Ronaldo Caiado e o verde Eduardo Jorge. Esqueceram de Álvaro Dias, um verde novo, mas político veterano. Há ainda especulações sobre Guilherme Boulos, líder do MTST, saindo pelo PSOL (é preciso combinar com Chico Alencar)
Aguarda-se para breve a inclusão na próxima lista de pesquisa estimulada dos nomes de Rodrigo Gentili, Gabriel, o Pensador, e do leão Dengo – especialmente agora que o GDF descartou transferi-lo do Zoológico de Brasília para um santuário em São Paulo. Manteve, portanto, seu domicílio eleitoral. Já é algum sinal.