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Talvez os pendores totalitaristas nas redes estejam colaborando para que desmoronem os sonhos de democracia, de forma parecida como fizeram desmoronar os sonhos socialistas

Antes de começar a semana, leia em Os Divergentes alguns assuntos palpitantes da política nacional, como Operação Lava-Jato, o imbróglio Supremo-Senado & a sucessão presidencial.

Todo o resto – especialmente todo o resto que se refere a política e às eleições do ano que vem – é matéria somente para as videntes de plantão. O quadro é de total incerteza.

Enquanto a crise corria solta por aqui, a viagem que o presidente Michel Temer fez à Rússia e à Noruega dá pistas importantes sobre a imagem do Brasil no exterior. O périplo internacional de Temer foi um festival interminável de gafes e constrangimentos.

Não se pode dizer, como Fernando Henrique antigamente em relação a José Sarney, que a crise viajou. Ela ficou aqui, rendendo a cada dia capitulos mais fortes da investigação da Lava Jato e assemelhadas. Mas a crise é onipresente, e também viajou na bagagem do presidente

O presidente Michel Temer tem agenda movimentada hoje, na Rússia. Logo pela manhã, participou da cerimônia de aposição de flores no Monumento ao Soldado...

A maior dúvida do mundo político nesse fim de terça-feira é se já terá chegado a hora do nó total - aquele momento em que governos fragilizados por crises políticas perdem o controle das coisas no Congresso e pára tudo

Joesley afunda o sistema político, seus protagonistas e partidos, no pântano da imprevisibilidade total. A Impressão consolidada ao longo da semana de que Temer governará até o fim de 2018, volta a se desvanecer.

A comoção é tal que é impossível ao visitante - que não precisa ser marciano - não indagar: se ele foi tão bom assim, como não elegeu Hillary Clinton e vai acabar sendo substituído por um sujeito que irá desconstruir boa parte do que fez? São os mistérios da democracia representativa - e, ao que parece, não apenas da norte-americana.