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Juízes, procuradores, policiais, auditores e toda a elite da burocracia se enxergam como mal recompensados pelo serviço que prestam

É cedo para saber se o modo Bolsonaro de governar terá sucesso, mas o enfraquecimento dos partidos políticos já é realidade

Depois de se impor como colegiado no Mensalão, tropeçar nos interesses e vaidade de seus ministros, o Supremo entrou em crise com os nomes de Lula, Aécio e Temer nas capas de processos.

Em 2005, o então presidente do STF, Nélson Jobim, conseguiu convencer o então presidente Lula a enviar ao Congresso - e aprovar - um plano de reestruturação de carreira para os magistrados - justamente para acabar com o auxílio-moradia.

Para romper o cerco legal,condenações e regras fixadas pelo STF, a torcida petista é de que Gilmar -- um ex-amigo que virou inimigo de Lula -- volte a ser um bom companheiro. A conferir.

Apesar das ameaças do CNJ, até agora todas as tentativas para decifrar os supersalários de juízes esbarram nos tribunais, e em seus aliados no próprio STF.

Presidente do CNJ mexeu com vespeiro. Colegas do STF são contra. Tribunais e corporações não querem abrir a caixa-preta da farra salarial na Justiça. Nelson Jobim tentou, mas não conseguiu.

Temer está prestes a perder o mais cobiçado emprego no País. Há mais candidatos à vaga na Justiça do que na política. Sinal dos tempos.

Michel sabe que está por um fio e que basta o desembarque do PSDB para que caia de fato. Mas os tucanos, sob o risco de jogar o país no caos, só podem desembarcar quando tiverem a equação da sucessão pronta. A aposta do presidente é que não vão conseguir tão cedo.