Os correspondentes estrangeiros nos Estados Unidos procuram combinar todas as peças em todos os quebra-cabeças, com base na única conclusão indiscutível: algo importante está acontecendo no Departamento de Estado – o mistério é o indício mais seguro.
Nada irrita mais um barnabé da diplomacia norte-americana da subsecretaria de Assuntos do Hemisfério Ocidental do que ser questionado sobre o futuro da Ilha de Fidel e do Planeta Bolsonaro.
É difícil explicar para os americanos o “jeitinho Brasileiro”. É uma tarefa árdua entender que o ranço da administração do Marquês de Pombal ficou impregnado na estrutura social do país.
As elites não perdoam
No caso brasileiro, para os presidentes descendentes de origens modestas, o exercício de poder é cheio de perigos, principalmente armadilhas.
O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parecem simples cobaias de uma ousada experiência política destinada ao fracasso e a terminar, como todas as experiências mal planejadas, com o fim – no caso, político – das cobaias.
O caipira de Maringá
O desentendimento entre os partidos de centro e esquerda parece chegar a um ponto crítico. Por causa disso, o nome do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro para a disputa presidencial passa a ser a opção da terceira via.
Moro precisa aprender rapidamente as regras elementares de boas maneiras, garantindo a própria sobrevivência entre os preconceitos dos Três Poderes.
A solução da crise brasileira está numa pequena palavra: união. Mas, o projeto de uma frente ampla entre os partidos de centro e esquerda é defendido por um pequeno grupo de sensatos cidadãos; por outro lado, a ideia não é bem recebida pelas lideranças políticas.
As elites podem até propagar covid-19
Ser um estrangeiro no Brasil nas duas últimas décadas não tem sido uma tarefa muito fácil. É difícil diferenciar o que é realidade, ficção ou script da novela “O Bem Amado”.
Um diplomata europeu me disse na semana passada, que uma socialite carioca, informou aos seus conhecidos, com muito orgulho, que pegou o covid-19 de amigos milionários que tinham acabado de regressar da Suíça.