Patrus Ananias pode ser o coelho da cartola do PT

O deputado e ex ministro Patrus Ananias, foto Orlando Brito

O ex-ministro e deputado federal Patrus Ananias (PT/MG), pai do programa Bolsa Família e administrador desse projeto durante os dois governos de Lula é o coelho que o Partido dos Trabalhadores vai tirar da cartola na Hora H, quando o PT tiver de se viabilizar para a eleição de 2018.

Patrus é a grande reserva política e moral do partido em condições de ser acatado por todas as correntes e unificar o petismo para enfrentar o pleito de 2018 com condições razoáveis de competitividade. A velha guarda petista prepara seu Plano B.

Desde meados de dezembro que se realizam movimentos em torno do líder mineiro. Segundo essas fontes, Patrus concordou em se apresentar candidato, mas só depois que a candidatura de Lula for definitivamente afastada. Ou seja, o próprio ex-presidente estaria trabalhando essa hipótese que será lançada no momento oportuno: nem tão cedo que pareça uma retirada, nem tão tarde que não possa vicejar perdendo o timing.

Dos grandes esteios do PT que poderiam ser chamados para esse pleito tão difícil, Patrus seria o nome mais adequado, segundo esses mentores. Outros grandes nomes, como os ex-governadores Jacques Wagner, Tarso Genro ou Olívio Dutra, não estariam dispostos a tamanho sacrifício. Candidatos de menor estatura são descartados. O PT tem de chegar à eleição com uma fórmula de muito peso, com legitimidade para empolgar e unir a esquerda, ser acolhido pelo eleitorado da classe média urbana e que seja reconhecido pelas raízes mais profundas do petismo, como a Igreja Católica e o sindicalismo industrial. Patrus terá essa força intrínseca.

É bom lembrar que Patrus foi uma alternativa muito citada, no PT, em 2010, quando se viu que os grandes nomes do partido comprometidos nos processos não voltariam a tempo. Então Lula concluiu por manter a candidatura tampão de Dilma Rousseff e Patrus foi escalado para uma chapa suicida, como vice-governador de Hélio Costa, quando a cúpula do partido fechava com seu adversário Antônio Anastasia na fórmula Diomasia (Dilma+Anastasia). A chapa PMDB/PT em Minas foi decisiva para o apoio do PMDB à candidatura oficial.

Mantem-se a sucessão café com leite. Não há especulações sobre o vice desta chapa.

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