Acordamos todos os dias debaixo de uma nova ameaça e não raramente descobrimos uma nova falcatrua ligada ao mandatário que nos governa, nas pessoas da sua família ou próximos e autoridades civis e militares.
Conjecturamos, analisamos e a cada dia nos refugiamos na defensiva com medo que a virulência verbal dos ocupantes do poder deixe de ser simbólica e nos custe a vida ou a integridade física. E nisso temos razão: são covardes, capazes de tudo.
Perdemos a razão quando atribuímos a eles um comportamento insano. Aí não, os insanos somos nós que aceitamos assistir essa banalização da violência como se fizesse parte das práticas políticas.
O que falta ainda para os seres de bem entenderem que existe um plano de destruição de uma nação e com proclamas e manifestos não chegaremos muito longe.
Nossa nação está doente, precisamos curá-la para não termos que sepultar um paciente terminal.
— Silvio Tendler é cineasta premiado, autor de vários documentários. Entre eles, “Jango”, “Os Anos JK”, “Glauber, o labirinto do Brasil”, Encontro com “Milton Santos”, “Tancredo, a travessia”
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