Os Divergentes dessa vez concordaram entre si: o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, exagerou na autopromoção durante a divulgação da prisão do grupo de dez supostos aliados do Estado Islâmico que estariam programando um ato terrorista no Brasil. Mas, em véspera de Olimpíadas, todo cuidado é pouco.
O fato é que a pressa do ministro em convocar coletiva talvez tenha a ver com alguma pequena guerrilha interna do governo. Assim como ainda virão guerras internas mais acirradas.
Os Divergentes prevem, por exemplo, uma disputa entre a área econômica e a área política do governo, após o impeachment. O prenúncio foram as declarações do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, contra a manutenção da taxa básica de juros no nível atual determinada pelo Comitê de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Desta vez, Henrique Meirelles ganhou. Mas e depois do impeachment, quando o Congresso resistir à aprovação de projetos impopulares?
E também poderão ser revivididas guerras antigas. Como o caso da disputa que ocorreu entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o então vice-presidente da República, Michel Temer, durante o governo da presidente afastada, Dilma Rousseff.
Os desentendimentos entre os dois pareciam ter-se acabado quando Michel assumiu o comando do Palácio do Planalto. Mas o presidente em exercício emitiu sinais de que vai desconvidar um afilhado de Renan para o Ministério do Turismo, o deputado Marx Beltrão (PMDB-AL), deixando o presidente do Senado com o mico na mão.
Bem, Os Divergentes mostram neste vídeo que estão aí para acompanhar passo a passo todas essas guerras.