O pré-candidato tucano Geraldo Alckmin vai ser chamado às falas nesta quarta-feira. A direção executiva nacional do PSDB reúne-se em Brasília para tratar de muitos assuntos. Entretanto, o mais importante será saber com todas as letras qual a estratégia do candidato-presidente (ou presidente-candidato?) para o partido como um todo nas campanhas e eleições de outubro.
Alckmin parece estar mais voltado para sua própria eleição do que preocupado com o desempenho global do PSDB nesse pleito. O governador de São Paulo, centrando fogo na sua candidatura, deixaria de lado as disputas para os governos estaduais e, principalmente, para as assembleias legislativas, Câmara de Senado. Essa estratégia está fatiando o PSDB, analisam esses informantes.
Ou seja: usando de suas prerrogativas de presidente nacional do Partido, Alckmin está priorizando alianças com outras forças políticas, entregando sem muitos cuidados as posições estratégicas a possíveis aliados. Com isto, a legenda está se ressentindo de elementos para disputar com força própria. Sem candidaturas próprias nos estados, o partido não terá condições de puxar uma bancada, argumentam os queixosos. A continuar nesse modelo, isto asseria temerário para um possível governo peessedebista e, mais ainda, cria insegurança nas fileiras tucanas.
Por isto os dirigentes partidários vão pedir ao governador de São Paulo que defina claramente aonde pretende chegar. Será uma reunião muito quente. Vai sair chispa.