(…continuação)
Mas, já corri para a divagação, com Gal, que quer ir para a Bahia de Mãe Menininha do Gantois, também ver o sol nascer. Bênção meu Pai Oxalá! Hoje não vou, baby, não posso mais me casar, eu sigo inadimplente. I love you! Tenho que escrever, focar nas nuvens, no firmamento, no espaço que ainda me permitem, fora do quadrado concretado em que me asilo voluntariamente, exílio sem palmeiras onde canta o uirapuru, qual nada… necessariamente, quase solitariamente, enquanto aguardo que os vigaristas, covardes de plantão, nos cargos públicos parem de politicar e atrasar recursos, apoios, o século, a vida.
Não se afobe, não, que nada é ‘pra’ já, a Terra que fotografo redonda, sim meu caros, a Terra é redonda, dá aquelas voltas diárias exatamente como a Lusitânia iluminada pela Galeria Silvestre, há milênios, e em uma dessas voltas todos nos encontraremos com todas, todos e todes, é isso! É disso que estou falando. Nada é ‘pra’ já, nem os escafandristas inocentes do Leblon que olham o navio passar. Será bailarina?
Espero o desenrolar do dia, atento aos imprevisíveis sinais que não quero perder, como o amigo que tenho, não admite perder os sinais dos encantamentos que vai colecionando dia a dia, somados em camadas, novos arquivos, como insetos em volta da lâmpada; pirilampos apaixonados que morrem pelo brilho da luz. Esperando mais luz, pegando o trem das estrelas. Quase, quase conseguindo, o sol hoje despontando mais ou menos, vou à luta, libero o olhar, solto a mão no disparador, deixo a máquina fazer a sua parte, e tem o resto, mas o poeta recomendou, o poeta esse fingidor, o resto deixa ‘pra’ lá; tudo, tudo vai dar pé!
Quase lá! Quase ali, quem sabe, acolá!