Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
Primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek na construção de Brasília, o Catetinho reabre as portas para o público no dia em que a capital completa 62 anos. A cerimônia de reabertura foi realizada nesta quinta-feira (21), com a presença do governador Ibaneis Rocha e de outras autoridades.
O espaço ficou dois anos fechado para receber as melhorias necessárias. Foram investidos quase R$ 400 mil na obra, que contou com várias etapas, como manutenção do telhado e do piso, pintura, limpeza de forros, troca de peças, renovação do estacionamento, melhoria na acessibilidade, entre outras.
“Esse monumento representa o sonho de muitos brasileiros; representa a ideia de trazer o desenvolvimento para o Centro-Oeste, para onde vieram milhares de famílias com o ideal de vencer na vida”
Governador Ibaneis Rocha
“Esse monumento representa o sonho de muitos brasileiros; representa a ideia de trazer o desenvolvimento para o Centro-Oeste, para onde vieram milhares de famílias com o ideal de vencer na vida”, declarou o governador. “O ideal de Brasília é o que ela representa até hoje, passados 62 anos: o de superação.”
“O Catetinho é uma sala de aula ao ar livre”
Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa
Em 2019, o Catetinho passou por melhorias, mas necessitava de mais reformas. Naquele ano, antes de fechar novamente para obra, recebeu 45 mil visitantes. Agora, está pronto para novos tempos.
“O Catetinho é uma sala de aula ao ar livre”, define o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Ele abraça as pessoas. É quase um clima de fazenda, que evoca as melhores lembranças. A gente tem a impressão de que a qualquer momento o JK vai passar dando ordens, ou que veremos o Tom Jobim e o Vinicius de Moraes, porque aqui eles compuseram uma canção.”
A reforma do Catetinho é mais uma iniciativa do programa de investimentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) na recuperação de equipamentos culturais do DF. Ao todo, foram investidos R$ 16 milhões nesses trabalhos, dos quais a maior obra foi feita no Museu de Arte de Brasília (MAB), com aporte de R$ 9 milhões.
A Concha Acústica, o Cine Brasília, o Conjunto Fazendinha, a Biblioteca Nacional, o Memorial dos Povos Indígenas e o Museu Vivo da Memória Candanga são alguns exemplos desse trabalho coordenado pela secretaria.
“À exceção do Teatro Nacional, cujas obras devem começar em breve, todos os equipamentos culturais sob o comando do GDF estão em pleno funcionamento ou passaram por reforma”, reforçou Bartolomeu Rodrigues.
Sobre o Catetinho
Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Catetinho foi construído em apenas dez dias, em novembro de 1956. A estrutura simples, feita de madeira, ficou conhecida como “Palácio de Tábuas”. A visitação aberta ao público permite o acesso à suíte presidencial, ao quarto de hóspedes e à cozinha utilizada por JK, entre outros espaços, que voltam a ter dignidade após as intervenções. Objetos, roupas e imagens do ex-presidente também revivem a memória do DF.