Precisou Caetano Veloso dizer na noite desta sexta-feira, no programa “Conversa com Bial”, da Rede Globo, que a famosa Renca (Reserva Nacional do Cobre e Associados) é uma reserva mineral , para cair a ficha do apresentador e do auditório de que o caso polêmico tratava de uma “reserva mineral”. Precisou frisar duas vezes que a reserva é “mineral”.
Caetano deixou bem claro que sua oposição à mudança de status da Renca deveu-se a que, disse: “eu não confio nesse governo”, e traz para o palco da Globo a manipulação, associando a falsa questão à necessidade do governo Temer, naquele momento, quando estava no plenário o pedido de licença para processá-lo, botar um bode na sala.
Caetano enfatiza a facilidade com que colou a manobra, principalmente, disse, quando enfiaram “Amazônia” no meio, palavra mágica para levantar ativistas do mundo inteiro. Mais ainda quanta Gisele Bündchen entrou no movimento. Respondendo e atendendo à manequim Temer faturou mais ponto.
Caetano falou para mostrar a todo seu público que ele não é uma “maria-vai-com-as-outras”. Antes de se posicionar ele leu o nome do imóvel e viu que ali, com todas as letras, dizia que se trata de uma reserva “mineral”. Então, não se enganou. Ele foi contra o decreto porque é contra Michel Temer.
É o caso da filósofa negra norte-americana Angela Davis diante do bordão de extermínio de jovens negros no Brasil. Vendo os fatos com mais cuidados, ela percebeu que os policiais militares que abatem jovens pretos no Rio de Janeiro são, majoritariamente, também negros. Então defendeu um projeto de solidariedade racial e educativo, para que os PMs pensem duas vezes antes de puxar os gatilhos.
Caetano está divulgando na mídia o relançamento seu livro “Verdade Tropical” (esgotado), que completa 20 anos de carreira, e impulsionando a carreira artística de seus filhos Moreno, Zeca e Tom, com shows dos quatro Velosos (com sessão de autógrafos) no Rio, São Paulo e Belo Horizonte a partir de 13 de outubro.