Mais uma figura estrambólica e debilóide surge na já sofrida configuração política brasileira, que dá para assustar a população. Difícil de acreditar que tais personagens sejam verdadeiras e infelizmente se multiplicam em larga escala. Gente perniciosa, sem nenhuma contribuição à melhoria da atividade política, mas de forte ação desagregadora.
O caça-jurista Roberto Jefferson, cujo nome foi homenagem exacerbada de seus pais ao estadista americano Thomas Jefferson, deu a louca repentinamente. E reaparece como estrategista das hordas bolsonarísticas, em pré-guerra contra a assustada população brasileira. Tudo para possibilitar a reeleição do presidente Bolsonada, figura nefasta e cada vez mais estranha.
Ele sempre teve ojeriza a jornalistas, mas ampliou seu campo sensitivo e agora também odeia e quer prender juristas. De preferência de ministro de tribunal. Jornalistas e juristas empatam na qualidade dos xingamentos recebidos de Bolsonada. O mais comum agora é gritar que jornalistas e juristas são filhos de determinada pessoa.
O valentão caçador de juristas foi preso pela segunda vez e agora apareceu com outra configuração estética, visando assustar seus adversários. Ou toda a população. Jefferson apareceu nas redes sociais com nova indumentária e a maldade intrínseca. Quem não teve o susto de assistir na TV recorra aos canais independentes e belisque o braço para sentir que é verdade.
O vilão aparece no live ostentando todas as armas: revólver, faca, espingarda, metralhadora, canivete, estilingue, serrote. As vezes usando uma arma de cada lado do peito. Parece uma mistura de cangaceiro com os capos da máfia e os milicianos das favelas cariocas. Se o Betão Jefferson não conseguir promover seu intento a vingança ficará por conta de sua filha ex-deputada, que leva o Brasil no nome. Só no nome.
Todo o arsenal Jefferson comprou quando o Bolsonada liberou geral a compra de armas. E levou uma mini-pistola para o neto. Acha-se pronto para balançar o Brasil e acabar com os comunistas, que só ele e seus asseclas veem. Pelas suas apresentações, no entanto, a maior parte dos brasileiros está achando o Jefferson mais para palhaço do que para revolucionário.
A pobreza intelectual que o Brasil atravessa, quando a discussão provocada pelo Bolsonada é fazer a eleição no papelzinho, e não na eletrônica, faz o país perder tempo. O apoio do Jefferson parece positivo ao presidente, mas apenas ele acredita na possibilidade de melhora em suas perspectivas eleitorais. Na verdade o Betão surgiu para incomodar e, se conseguir, acertar tiros em qualquer cidadão brasileiro.
Na verdade, da chusma de candidatos existente, nenhum deles merece a confiança e o respeito do povo brasileiro. Nem os votos, podem acreditar. Os mais cotados pelas pesquisas, Lula e Bolsonada, são simultaneamente os mais desejados e os mais odiados pelo povo brasileiro.
Sérgio Caminhão – Mais um louco à solta. O Sérgio Reis, cantor de chanchadas sertanejas, resolveu fazer desfile para Bolsonada, e não para o Brasil, no dia da Independência. Diz que vai colocar 500 caminhoneiros nas ruas de Brasília. Promoção inteiramente dispensável.
— José Fonseca Filho é jornalista