Estão circulando nas redes sociais e na mídia notícias de um movimento bem grave. Divulgadas pelo cantor e ex-deputado Sérgio Reis exortam, convocam, apoiadores de Jair Bolsonaro a marcharem rumo a Brasília.
Diz que no dia 8 de setembro irá — acompanhado de dois líderes dos caminhoneiros e outros dois grandes plantadores de soja — ao encontro do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Sérgio Reis afirma que entregará ao senador um documento que não é um pedido, mas uma intimação com formato de cumpra-se, com duas exigências: aprovar imediatamente a volta voto do impresso e a destituição dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal.
Isso mesmo, segundo diz.
Em publicações de áudio e vídeo, o artista diz que foi recebido por Jair Bolsonaro para um alomoço no qual estavam presentes seu colega cantor Eduardo Araújo, o general Braga Netto, ministro da Defesa, e outros oficiais das Forças Armadas, ocasião em que falou dessa ideia. Diz querer que “o Exército tome uma posição“. Anunciam que chegarão em caravana à Capital no dia 4, mas que não farão nenhuma manifestação no dia 7 de Setembro, para não atrapalhar o desfile das comemorações da semana da pátria.
Sérgio Reis prossegue em sua gravação dizendo que se tais exigências não forem atendidas pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, vão paralisar o país. “De Norte a Sul, de Leste a Oeste“. Informa ainda que os produtores de soja irão colocar colheitadeiras nas rodovias para impedir a passagem de ônibus e carros particulares. Em companhia do caminhoneiro Zé Trovão, afirma também que os portos irão parar. E mais:
— Enquanto o Senado não tomar essa posição que nós mandamos fazer, não vamos sair de Brasília.
O cantor Sérgio Reis, de 81 anos, encerra a gravação dizendo:
— Se em 30 dias não atenderem às nossas ordens, nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra!!!
É tão estranho isto que até parece fake news.
Em contraponto, o presidente do CNTRC-Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, Plínio Dias, pontua: — Sérgio Reis não representa nem os artistas, quanto mais os caminhoneiros”.
Wallace Landim, o “Chorão”, que preside a ABRAVA-Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, também desqualifica a convocação do cantor Sérgio Reis. Diz que sua categoria está preocupada em resolver os problemas do segmento, sem entrar em questões partidárias ou políticas. Nem a favor de governo ou contra. E que o cantor não os representa. Lembrou que, quando foi deputado, o artista jamais subiu à tribuna para dirigir uma palavra em defesa deles.
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