Desde quando foi criada, em 1987, a Medalha de Mérito Apolônio Salles premia pessoas que tiveram uma relevância aos serviços da Agricultura Brasileira. Este ano os agraciados são ex-ministros da Pasta.
Em tese, a atitude condecorar ex-ministros é uma forma de o atual titular do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), senador Blairo Maggi, atrair a atenção dos brasileiros para mostrar que a agropecuária como pilar da economia do País.
O prêmio que será entregue na próxima terça-feira (19) contempla: os professores de agronomia Luiz Fernando Cirne Lima e Alysson Paulinelli, o professor de Economia Marcus Vinícius Pratini de Morais e o professor da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues.
Quanto ao patrono da medalha, Apolônio Salles, era pernambucano, duas vezes ministro da Agricultura do ex-presidente Getúlio Vargas, em dois governos, nas décadas de 1940 e 1950. Apolônio era o titular da Pasta no dia do suicídio de Vargas, em 24 de agosto de 1954.
Pelo o que estão sendo condecorados?
Luiz Fernando Cirne Lima- pela criação da Embrapa, uma empresa de ciência e tecnologia que conduz a pesquisa e fomento do setor. Com isto o Brasil criou tecnologia para cultivo das terras de climas tropicais, como o centro oeste e o cerrado, especialmente, que antes figuravam como solos desprezíveis, converteram-se em grandes áreas produtoras;
Alysson Paulinelli- deu continuidade à Embrapa e na sua gestão a empresa converteu-se em referência mundial.
Pratini de Morais- por levar a produção brasileira aos mercados mundiais, convertendo um país que historicamente só participava dos mercados mundiais de commodities com café, cana de açúcar, cacau e outros produtos de culturas permanentes em supridor de alimentos;
Roberto Rodrigues- pelas commodities. O Brasil assumiu liderança mundial em quase todos os seus produtos agropecuários e conseguiu pleno suprimento do país. Para ele, a produção de commodities para os mercados nacional e internacional, está sobgraves ameaças como a insegurança jurídica com uma provável derrubada do Código Florestal pelo Supremo, as taxações de insumos e de produtos, a disfunção da Lei Kandir, a portaria da ANVISA colocando em duvida a sanidade dos produtos brasileiros e, principalmente, a “desinformação”, que produz imagens negativas altamente prejudiciais ao posicionamento do setor. Rodrigues considera que a ceia de natal dos produtores, neste ano, será uma “salada indigesta”.