Faltam mais de dois anos para a próxima eleição presidencial, mas ela é o piso onde todos dançam e caminham. Neste momento, a pandemia COVID-19 está no centro do palco onde todos bailam. Isso, a tal ponto que, a incompetência do presidente da República e a redução da boa vontade com sua gestão, alimentam o golpismo. Os que o apoiam sonham com um golpe militar e os que se opõe querem um impeachment.
O presidente Bolsonaro considera que qualquer movimento, sobretudo o do governador de São Paulo, João Doria, tem o objetivo de inviabilizar sua gestão e ganhar parcela do eleitorado que o levou ao segundo turno em 2018. Ele não está imaginando nada. Doria trabalha para consolidar São Paulo como sua base e se credenciar junto ao Centrão e a direita. Sua estratégia resultou na criação de um Centro democrático no Congresso.
Doria não é o único que tenta conquistar o eleitorado de Centro. Ciro Gomes também tem como objetivo se credenciar junto a este eleitorado. Sua estratégia é atacar o presidente da República, mas também o ex-presidente Lula e o PT. Ciro sempre vence no seu estado, o Ceará, e nada indica que avance em outros estados do Nordeste. Por isso, seu discurso tem como alvo os eleitores do Sudeste e do Sul.
É neste contexto, na disputa pelos votos do Sul e do Sudeste, que entra em campo o ex-juiz Sérgio Moro. Ele não deixou o governo por algum escrúpulo legal, pois como se sabe isso não impediu sua desenvoltura na operação Lava Jato. Nem foi porque não queria condicionar sua permanência a uma vaga no STF, mas porque dançou. Sua intenção foi abanar de sua indumentária o pó do governo Bolsonaro.
Moro acredita que pode herdar parcela do eleitorado de direita decepcionado com o presidente. E, aposta que sua imagem, de combate à corrupção, vai lhe garantir votação expressiva no Sul e no Sudeste. E, lhe colocar em vantagem na disputa pelos votos antipetistas. Por isso, o ex-juiz corre o risco também, de ser sondado para ser o vice tanto de Doria quanto de Ciro.
O presidente Bolsonaro, enlouquecido, não age como um paranoico. Ele tem razões para o pânico. Seus adversários estão sambando na avenida. Ele tenta esconder que seu samba atravessou. Sua escola está sendo fantasiada com a incompetência. Os jurados (eleitores) estão sofrendo um bombardeio e sua escola de samba está vestindo a fantasia da incompetência. Mas ele mantém seu samba enredo na expectativa de que seus passistas, foliões e torcida continuem ao seu lado. Não se pode esquecer que um presidente, mesmo com sua competência e popularidade colocados em dúvida, tem a máquina e a exposição a seu favor.
Estamos no primeiro turno do campeonato de 2022. Nesta altura, há uma ferrenha disputa entre estes times pelo voto da direita e do Centro. Bolsonaro fez 46 (%) pontos em 2018 e já sabe que, com base em seu atual desempenho, terá menos em 2020. O time de Ciro quer ampliar seus pontos, que em 2018 foram 12 (%). Doria já sabe que seu time terá mais pontos (5%) do que no campeonato passado. E, não temos ideia ainda sobre a colocação de Moro, que esta chegando das divisões inferiores.
Não foi à toa que, em recente artigo, o ex-presidente Fernando Henrique tenha dito que nada seria pior para o futebol nacional do que a repetição da final do campeonato de 2018. Pois é! Nesta fase do campeonato não tem ninguém disputando os pontos (votos) da torcida (esquerda) que votou no time de Fernando Haddad nas eleições passadas. O petista fez 29 (%) pontos no primeiro turno de 2018. A crônica esportiva (política) está dividida. Mas alguns comentaristas avaliam que seu time vai avançar alguns pontos. Argumentam que seus jogadores estão se recuperando e apostam que seu craque (Lula), mesmo machucado, poderá jogar melhor.
Esta análise é um prognóstico para a mega loteria eleitoral de 2022. A loteria corre toda semana e você sempre pode apostar em outros times (candidaturas). Até lá, a sorte está lançada e o prêmio vai ficar acumulando até o sorteio de outubro de 2022. Façam suas apostas.