A Folha/pessoal do orçamento público federal já chegou a ser de 80%, historicamente. Meu contador e até Peter Drucker já aconselham no máximo 45%, pois mais do que isso a organização (pública ou privada) perde a capacidade de investimento e tende a quebrar. Uma secretária na iniciativa particular ganha na média R$ 2 a 3 mil reais, podendo chegar a 3 ou 4 vezes mais em muitos órgãos estatais…
Alguns dos mais altos quadros do Estado recebem muito mais que um diretor de empresas medianas no país.
Um professor titular Doutor no Brasil ganha igual ou mais que um Professor renomado em uma das universidades de Paris. O mesmo vale para juízes, promotores, auditores, procuradores.
É uma das características de sociedades periféricas, de capitalismo tardio. O particular constrói o estado à sua imagem, como um braço de sua casa. Nem discutir a eficiência ou critérios de competência e produtividade, afinal serviços públicos não podem ser regidos por critérios ou leis do risco, habitualidade, lucratividade, livre mercado e concorrência, mais valia, etc.
Daí a hipertrofia, a letargia, empáfia mesmo, privilégios e penduricalhos que por regra viciam a burocracia como meios para realizar fins precisos nas esferas republicanas.
Ah. Ia esquecendo. Se não temos uma República ou sequer um Estado, então não há motivo algum para estas notas intempestivas. Tudo normal na terra de Cabral. Lá Nave Va!