O que se esperava aconteceu nessa quarta-feira: a decretação pela Organização Mundial de Saúde de pandemia em decorrência da crise do Novo Coronavírus. Já se contabilizam 3.200 mortes e 80 mil casos de pessoas contaminadas em todo o mundo.
Em praticamente todos os países a doença chegou a homens e mulheres. Agravou-se a situação na Itália, por exemplo, onde o número de óbitos chegou a 600 e a quantidade de pessoas afetadas com o Covid, a 12 mil. Para conter o avanço do vírus, as autoridades italianas proibiram todas as atividades coletivas de pessoas.
Aulas nas escolas e faculdades públicas e privadas foram suspensas, assim como estão proibidas a presença de torcedores nas partidas esportivas, a abertura de bares e restaurantes, os shoppings e até academias de ginástica. Aliás, muitos jogos de futebol foram tranferidos para datas futuras. Somente farmácias e supermercados estão autorizados a funcionar. Em outros países da Europa, estão restritas as viagens em aviões e trens. Restrições só vistas na época em que o mundo sofreu com a Gripe Espanhola, em 1918, e da Segunda Guerra Mundial.
Em Washington, Donald Trump foi à tevê para anunciar que estão supensos por trinta dias os vôos entre os Estados Unidos e os países da Europa, com exceção do Reino Unido. O presidente americano acha que a medida pode contribuir para inibir a chegada de novos casos de contaminação pelo Covid. Também nessa qaurta-feira, soube-se que o ator Tom Hanks e sua mulher estão contaminados pelo vírus. E a liga de basquetebol dos Estados Unidos, a NBA, concelou os jogos temporáriamente.
Várias nações sofrem com o drama do Coronavírus, que teve origem na cidade de Wuhan, na China. No Irã, na Argentina, nos Estados Unidos e na própria China, entre outros países, registam-se mortes e milhares de internações de pessoas contaminadas pela doença. A Comenbol, federação esportiva que administra o futebol da América Latina, também anunciou a transferêncidas dos jogos das seleções, inclusive a brasileira, para eliminatórios da Copa do Mundo.
No Brasil, contabilizam-se 52 casos de pessoas afetadas. O governo publicou no Diário Oficial da União convocação para que cinco mil médicos se alistem como voluntários no extindo programa Mais Médicos. O objetivo é que viajem para vários estados com a finalidade de aumentar os cuidados com possíveis afetados pelo Covid-19.
Em São Paulo está o maior número de pessoas contaminadas. Há notícias de que também em mais 14 estados o surto tenha chegado. Em Brasília, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esteve numa comissão da Câmara para discorrer sobre as providências que o governo está domando para conter a proliferação da doença.
O presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, o recebeu e, ao invés dos tradicionais abraço e aperto de mãos, cumprimentaram-se com os cotovelos, como rezam as recomendações da cartilha de prenvenção contra o Covid-19. Com a decretação pela OMS à categoria de pandemia, a crise do Coronavírus, enfim, atingiu nessa semana o ponto máximo de preocupação. É realidade que não preocupava tanto ao presidente Jair Bolsonaro. Para relembrar, discursando para empresários em Miami, no início dessa semana, ele chegou a dizer que os efeitos do surto estava superdimencionado. E que a culpa da crise é da imprensa.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinou a supensão das aulas nas escolas e universiades públicas e privadas. E mais, a probição de shows, espetáculos coletivos e agromerações públicas. Não se sabe, com isto, se acontecerá ou não a manifestação do dia 15, domingo, a tal que o presidente Bolsonaro convocou para seus apoiadores fazerem desagravo ao Congresso Nacional e ao Supremo tribunal Federal.