O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está reunido agora pela manhã com os líderes da Câmara Federal para discutir a agenda de trabalho da próxima semana em função das decisões tomadas ontem pelo presidente Michel Temer sobre a estratégia de aprovação da PEC dos gastos públicos e reforma da Previdência Social. O ministro da Secretaria Geral de Governo, Geddel Vieira Lima, foi convidado para esta reunião mas teve que permanecer no Palácio do Planalto para cumprir uma agenda de compromissos com deputados de diversos partidos.
A bola da vez no Congresso é a aprovação da PEC 241 do teto dos gastos. O assunto passa pela articulação de Geddel Vieira Lima, mas a palavra final é do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Meirelles quer aprovar na Comissão Especial da Câmara a proposta original da PEC do gasto, sem emendas, na próxima semana. Já foi mapeado que a aprovação deverá ocorrer com a maioria dos votos. A oposição teria apenas 5 votos contrários. Já em meados de outubro o governo espera aprovar a PEC em plenário, desta vez com poucas emendas. Meirelles tem conversado quase que diariamente com Darciso Perondi (PMDB/RS) relator do projeto, sobre as estratégias de tramitação e aprovação da medida.
A proposta de reforma da Previdência só será enviada ao Congresso depois do segundo turno das eleições municipais. Geddel Vieira Lima e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, começam a submeter alguns pontos sensíveis da reforma da Previdência aos líderes das Centrais Sindicais do país. A Força Sindical, do deputado Paulinho, será a primeira a ser ouvida pelo governo. Depois, a proposta vai ser submetida aos líderes do setor empresarial, o que deve ocorrer até o final de outubro.