Prevendo um placar de 63 votos na votação final no Senado, os ministros do Planalto já dão o impeachment de Dilma Rousseff como caso encerrado. A única preocupação agora é com eventuais atrasos nas datas de votação e a agenda apertada de compromissos do presidente Michel Temer.
Se confirmado no cargo, Temer irá participar da reunião do G-20 na China entre 3 a 5 de setembro para esclarecer às autoridades internacionais e ao mercado financeiro as medidas que adotará para reorganizar a economia do país. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, das Relações Exteriores, José Serra, outros cinco ministros de estado e 40 jornalistas credenciados pelo Palácio do Planalto farão parte deste primeira viagem oficial de Michel Temer ao exterior.
Antes da viagem e depois de ser confirmado no cargo em final de agosto ou inicio de setembro, Temer também teria que fazer um pronunciamento oficial à nação, coisa que leva tempo para gravar e não dá para antecipar. A defesa final de Dilma em plenário, para o Planalto, não representa nenhum risco — com o impeachment praticamente confirmado, o inconveniente, agora, é a agenda.