Otto Alencar: impeachment não é golpe e plebiscito é extemporâneo

O senador Otto Alencar (PSD-BA) votou duas vezes contra a continuidade do processo de impeachment no Senado. Mas, tem sido assediado pelo Palácio do Planalto e passou a ser contabilizado pelos governistas entre aqueles que mudarão seu voto.

Otto não nega, mas também não confirma.

No entanto, em entrevista a Os Divergentes, ele deixa claro que não gostou nem um pouco da carta da presidente Dilma Rousseff aos senadores.

Otto Alencar afirma que a carta chegou tarde e que simplesmente não servirá para ganhar um só voto no Senado. Ele é duro:

“Se a presidente tivesse esse espírito público de querer o plebiscito para ouvir o povo brasileiro, que fizesse isso ainda no poder.”

Perguntado se acha que o impeachment é um golpe, o senador afirma:

“Não acho que seja golpe. É um processo que foi analisado pela Câmara e está sendo analisado no Senado. A ditadura militar é que foi golpe. Aqui o que está sendo analisado é a Lei.”

Em tempo: Otto é aliado na Bahia do ex-ministro chefe da Casa Civil Jaques Wagner (PT) e muito provavelmente por isso votou contra o impeachment até aqui. Agora, além do assédio do Planalto, também tem sofrido fortes pressões do presidente nacional de seu partido, o ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab.

Assista ao vídeo e conclua você mesmo como acha que ele vai votar.

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