Enquanto a economia não reage, Temer agarra-se ao Congresso

Rodrigo Maia observa Michel Temer fazer o juramento de posse

O Congresso Nacional vai continuar sendo, em 2017, a principal tábua de salvação do presidente Michel Temer. Por isto, o presidente-tampão deve prosseguir investindo em rapapés e salamaleques junto a parlamentares.

O melhor dos mundos para garantir a travessia temerista da pinguela rumo a 2018 é a economia. Melhor para o presidente e melhor para os brasileiros – noves fora o PT e adjacências.

Porém, enquanto a recuperação não vem, o apoio congressual vale o bilhete para o futuro. Recuperação não é a palavra mais adequada. Sinais de recuperação, como o fim da carestia, a reversão da curva recalcitrante do desemprego e, por fim, o retorno ao PIB positivo.

Levantamento da Folha de S. Paulo deste domingo natalino mostrou que o presidente, em pouco mais de sete meses na presidência, recebeu oficialmente 200 parlamentares. Quase um por dia. Fora os penetras, igualmente bem-vindos.

Sem o apoio da cidadania, com a economia patinando na recessão, o dragão da Lava-Jato soltando fogo pelas ventas e o TSE amolando a guilhotina da degola, resta o Congresso como valhacouto. Donde conclui-se que os 513 deputados e 81 senadores continuarão desfrutando como nunca da indulgência palaciana. Ou, ainda, das portas e dos cofres abertos.

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