Foram R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima (PMDB). R$ 500 mil de Rodrigo Rocha Loures (PMDB). U$ 100 mil na cueca de um petista. Outro R$ 1,7 milhão dos aloprados do PT. Etc. & etc.
Certo, não é crime transportar dinheiro vivo em tal proporção por aí. Mas é deveras suspeito.
Como já registrado aqui n’Os Divergentes, nove entre dez carregadores de mala abarrotada de moeda corrente são meliantes. Gente comum não tem dinheirama para transportar.
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Já os que a tem preferem cheques ou transferências bancárias por mais cômodos e seguros. De qualquer jeito, não há como movimentar tamanho numerário (salvo tráfico de drogas e igrejas) sem o aval do sistema bancário.
Qualquer empreendedor sabe que se quiser sacar em espécie determinada quantia precisa avisar com antecedência o gerente de sua agência. Supostamente a regra vale para todos os correntistas – embora os banqueiros privilegiam expressamente os endinheirados.
É da lavra do jornalista José Roberto de Toledo a informação de que movimentação tamanha é “corriqueira”. “Só nos primeiros sete meses deste ano, o Coaf foi comunicado pelos bancos sobre 638 mil movimentações em espécie superiores a R$ 100 mil”, descreveu.
Ou seja, “mais de 3 mil transações dessa monta por dia – somando mais de R$ 100 bilhões por ano”. Como registrado aqui, razoável pleitear das autoridades monetárias que endureçam normas e fiscalização.
Foi revelado pela Lava-Jato que parte significativa das propinas foi paga em bufunfa. Com todo o aparato e acesso a informações que Banco Central, Polícia Federal, Receita Federal, Coaf, etc. dispõem legítimo acreditar que, diante de vultosas movimentações em espécie, seja possível rastreamento célere e eficaz.
Meliantes do erário de todas as gamas vão detestar.
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O NOME DISSO É MÚSICA: Johann Pachelbel.