Michel Temer não tomará posse quando o Senado aprovar o afastamento da presidente Dilma Rousseff esta semana. Ele assume automaticamente a Presidência da República no momento em que Dilma for notificada, ainda que entre a notificação e a descida da rampa se passem algumas horas. Ainda assim, como interino, Temer não tem direito a solenidade de posse e muito menos a transmissão de cargo.
O entorno do vice, porém, acha que é preciso um evento público para que Temer possa se mostrar ao país como seu novo governante. Pensa-se num pronunciamento na TV, ou numa entrevista, em que ele anuncie suas primeiras medidas na economia e os projetos que enviará ao Congresso. Isso poderá ser feito já na quinta-feira ou na sexta, junto com a nomeação l, no Diário Oficial, dos ministros do núcleo central do governo – como Henrique Meirelles na Fazenda e Eliseu Padilha na Casa Civil, entre outros.
O vice não quer saber de festa porque acha que não é ocasião para isso, mas seu entorno político acha que é necessário passar ao país a imagem de um novo governo trabalhando. Considerando que Temer não terá solenidade de posse, mas que seu novo Ministério pode e deve ter, os mais próximos estão organizando uma posse coletiva dos novos ministros. Seria uma solenidade no Planalto, possivelmente só na segunda-feira seguinte, com direito a convidados, imprensa, imagem, etc. A festa, afinal.