O ex- governador do Rio, Anthony Garotinho, acaba de ser preso pela PF na Operação Chequinho, em seu apartamento. Aparentemente, nada a ver com a Lava Jato e seus filhotes, e sim com crime eleitoral cometido nas eleições de outubro em Campos, onde sua mulher, Rosinha, é prefeita. Mas Garotinho, todo mundo sabe, é um fio desencapado, ex-aliado de boa parte dos políticos do Rio de Janeiro.
Não se sabe o que Garotinho, preso, poderá dizer e nem a quem poderá denunciar. No momento, o estado geral é de apreensão, sobretudo porque autoridades e parlamentares do estado estão envolvidos na discussão e votação do polêmico ajuste enviado pelo governador Luiz Fernando Pezao à Assembleia Legislativa. O temor de aliados do governador é de alguma reação da turma de Garotinho, piorando ainda mais o clima de tensão política no Estado. Pezão chegou a pedir ajuda da Força Nacional para conter manifestações contra o pacote.
Sem falar que Garotinho, que já foi do PT, do PDT, do PSB e do PMDB, e agora é do PR, sabe de muitas histórias. O fato de esta ser a primeira prisão de políticos importantes por crime eleitoral, ao que parece, também está assustando muita gente.