Às voltas com pesquisas de popularidade desanimadoras – na última, só é aprovado por 12% dos paulistanos – o presidente Michel Temer encontra uma compensação no mercado. “O mercado está apaixonado pelo governo e quer se comprometer”, definiu há pouco o consultor Luiz Paulo Rosenberg no seminário “E agora, Werner?”, promovido no Senado pelo senador Critovam Buarque para discutir o atual momento da economia e homenagear o professor Wermer Baer, falecido no início do ano.
À platéia de economistas e professores, Rosenberg explicou que, diferentemente do que ocorre em relação a outros setores, a comunicação do governo com o mercado vai fluindo muito bem. Estão falando a mesma língua porque coincidem na defesa das reformas do ajuste fiscal e, sobretudo, porque quem fala é uma equipe econômica chefiada por Henrique Meirelles, ele próprio egresso do mercado.
Outros presentes ao encontro, como os economistas José Marcio Camargo e Antônio Lucio, não foram tão otimistas, lembrando que o governo ainda tem que tomar medidas duras pelas frente e que não se vive muito tempo só de expectativas. Para voltar a investir, é preciso haver demanda.
Mas ninguém discordou da afirmação de que, neste momento, o governo e o mercado vivem um caso de amor.