A trigésima fase da Lava Jato está na rua, apenas um dia após a operação de número 29, e pelo que se sabe o alvo é o PT do ex-ministro José Dirceu. Mas a sensação que domina Brasília hoje, dia seguinte do afastamento do ex-ministro Romero Jucá, é de que ninguém está a salvo.
A gravação atribuída ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, para negociar sua delação premiada com o Ministério Público serviu para avisar o PMDB de Michel Temer que ainda virá muito mais. O processo ficou incontrolável.
Foi por isso que o Planalto agiu rapidamente ontem para afastar Jucá. Mas o maior medo do entorno de Temer é de que mais “novidades” do tipo apareçam antes do julgamento final de Dilma Rousseff no Senado. Lembram que, na primeira fase, Temer venceu com folga, mas obteve apenas um voto além do necessário para confirmar o impeachment em definitivo. O que quer dizer que, para Dilma ficar, basta virar o voto de dois senadores.
Quem podem ser? Aqueles a quem o discurso da ética sensibiliza mais, como, por exemplo, os senadores do DF Cristovam Buarque e Reguffe. Sem contar outros navegantes, como Romário (PSB- RJ), considerados votos incertos pelo Planalto.