Os estudantes não querem saber se a culpa é do Mercadante ou do Mendoncinha. Eles querem é que sejam pagos os R$ 700 milhões do Fies para poderem estudar. O impasse continua, pois nem o Congresso aprovou o projeto de crédito suplementar e nem o presidente Michel Temer se convenceu a editar uma MP liberando os recursos, de legalidade duvidosa.
Agora há pouco, na GloboNews, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse em entrevista que a responsabilidade é do governo anterior, que não planejou e não deixou recursos para pagar o Fies. Ouvido, o ex-ministro da Educação e da Casa Civil de Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante, apontou incompetência do atual governo para remanejar recursos de outra rubrica.
Apontar culpados nao é o mais importante a esta altura, sobretudo em meio ao lamentável noticiário sobre a redução das matrículas no ensino superior no ano passado. Cabe ao poder público sair do jogo de empurra e dar uma solução.
Apesar do pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros, em carta divulgada hoje, Michel não se anima a assinar a MP. Por outro lado, a nova tentativa para votar o projeto só será feita na semana do dia 17 de outubro.
Só que, até lá, o caldo de insatisfação daquela faixa da população que tinha passado a ter acesso ao ensino universitário e agora não pode mais frequentá-lo tende a fermentar.